sábado, 10 de setembro de 2016

Correção e Desabafo

        Há um enorme erro na postagem abaixo, a última deste blog, escrita em janeiro de 2015, e para que este blog continue confiável e sério, preciso corrigir urgentemente, já que a necessidade de escrever está latente e estou aqui, fazendo exatamente isto, portanto, vamos à correção e depois poderei divagar à vontade: na ocasião, ou seja, janeiro de 2015, eu estava envolvida em buscas espirituais e respostas para o sentido da vida, então, como nenhuma religião me satisfazia há muito tempo, encontrei no YouTube e em alguns outros blogs e sites algo que parecia ser a resposta, que parecia encaixar perfeitamente com o que eu tanto desejava. Sendo assim, através de canais que não quero denominar aqui, me deixei levar pela força dos argumentos e embarquei numa viagem que, se não me fez mal, também apenas continuou não me trazendo respostas. Todo o restante, que escrevi na referida postagem, continua valendo, mas a parte onde falo sobre o livro de Fritjof Capra, do Helio Couto e outras coisas relacionadas à espiritualidade não devem mais ser levadas em consideração, pelo menos no que diz respeito à minha pessoa ou crenças.

       De lá para cá, muita coisa vem mudando minhas perspectivas e eu não parei no tempo, não parei de procurar respostas e não parei de aprender. O ceticismo, que vinha se instalando antes de eu encontrar o que agora, penso que é puro charlatanismo, voltou com força quando entendi o maior de todos os problemas: não importa o quanto a gente deseje, não importa o quanto se esforce, milagres realmente não existem e toda essa história de segredo não passa disso, mesmo, um segredo, literalmente.

       Coisas boas acontecem às pessoas, sim, mas não apenas visualizando ou formando uma ideia em sua mente e desejando. Acontecem através de muito esforço mental, muito treinamento físico e intelectual e, se, aí vem, somente se você tiver a sorte de encontrar pessoas que colaborem para que seus objetivos sejam alcançados.

       Para ser mais específica e clara e não haver dúvida, estudando e me informando melhor, compreendi que o assunto que vim corrigir, ou seja, o uso da mecânica quântica para explicar os milagres na existência humana, é um uso incorreto e indevido, e mesmo que algumas pessoas queiram continuar acreditando, e outras se aproveitem desse desejo para continuarem ganhando em cima desse desejo, eu, autora deste blog, descarto e vou em frente, agora não mais apenas cética, mas completamente descrente. De tudo. Compreendi, enfim, e foi muito doloroso, isso. Muito doloroso, mesmo. Compreendi que não existem milagres, que deus é uma ideia forçada, forjada e enfiada à força em nossa existência por pessoas que, na origem, tinham um objetivo único que era o poder. Hoje em dia, infelizmente, a situação é muito pior. Se, nos primórdios, alguns poucos se beneficiavam dessa imposição enquanto outros podiam também dela usufruir, atualmente é perigoso se manifestar sobre isto. Num mundo divido por religiões, mas onde podemos afirmar que mais de 90% tem fé em alguma coisa, é bastante complicado. Porque as pessoas comuns, como eu e você, que acreditam, realmente acreditam e não se atrevem a questionar, não tem dados para isso, não tem apoio para questionar e vivem sob um medo irracional e terrível que tem a ver com a certeza da morte. É apenas disto que as religiões e crenças se alimentam, da certeza de que todos vamos morrer, e do desafio (que é natural ao ego) à esta certeza. Se cria, então, uma vida pós morte, não importa de que modo ela seja, mas está lá, no inconsciente coletivo de bilhões de pessoas.

        Abre-se a porta para as crenças.

       Pronto, por hoje, tudo o que eu queria escrever/desabafar está dito. Como já expliquei antes, esta postagem foi apenas para corrigir a última. Eu poderia ter editado aquela, ter modificado, mas optei por não fazer isso, já que o blog é meu e eu escrevo aqui o que e como quero.

       Qualquer comentário será bem vindo, e, se você quiser conversar comigo anonimamente, também será bem vindo.

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